Quando a lente ouve silêncios
- maitedaryfotografia
- 17 de mar.
- 1 min de leitura
A fotografia é uma arte que conecta mundos. A cada nova sessão, conheço pessoas diferentes, com vivências únicas e histórias que carregam marcas do tempo, do amor, das perdas e das conquistas. Por trás de cada rosto que surge diante da minha lente, há um universo que se revela em gestos, olhares e sorrisos.
O fotógrafo é, antes de tudo, um ouvinte atento. Nem sempre com palavras, mas com o olhar. Cada cliente que fotografo traz consigo uma bagagem, uma história que merece ser honrada. Minha câmera é apenas a ferramenta que registra aquilo que os olhos e o coração conseguem perceber.
Há também as histórias que não são ditas. O silêncio de um olhar distante, o riso guardado que surge espontaneamente, o toque delicado de uma mãe segurando o bebê. Cada pequeno detalhe é um pedaço da narrativa que compõe aquele momento único.
Fotografar é um exercício de empatia. Antes de cada clique, procuro enxergar a pessoa além da pose, além do sorriso ensaiado. Tento capturar o que ela traz de mais autêntico: sua história.
Com o tempo, percebi que muitas das histórias que fotografo acabam se misturando às minhas. Cada cliente me ensina algo, me faz refletir sobre minha própria trajetória. Eu me tornei fotógrafa porque amo contar histórias, mas, no fim, também sou transformada por elas.
Ao olhar para uma foto, muitas vezes só vemos a superfície: uma pessoa, uma pose, um cenário. Mas, para quem está por trás da lente, cada clique é como virar uma página em branco e escrever, com luz e sombra, as memórias que o tempo não pode apagar.
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